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Seis meses depois, 3G continua ruim

Terça-feira, 12 de março de 2013

Última Modificação: 05/11/2018 14:12:09


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Primeira avaliação feita pela Anatel mostra que serviço está abaixo do nível mínimo de qualidade exigido pela agência

Seis meses depois de serem punidas pelo excesso de reclamações pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as operadoras de celular ainda continuam oferecendo um serviço de dados com qualidade abaixo do exigido pela agência. De acordo com a primeira avaliação trimestral da Anatel, as empresas apresentaram índices abaixo do padrão de qualidade aceitável nos serviços de acesso à internet móvel em agosto, setembro e outubro.

A entidade exige que o usuário tenha sucesso no acesso à internet móvel em 98% das vezes, mas as operadoras fecharam o período analisado com 96% de êxito.

Ainda que a diferença estatística pareça mínima, usuários afirmam que o acesso à rede móvel pode ser um martírio em determinados momentos. O gerente de administração Euclydes Zampieri é responsável pelo gerenciamento de mais de 180 modens 3G da assessoria financeira em que trabalha e afirma que a instabilidade da rede e dificuldades de acesso são os maiores empecilhos para a produtividade da sua equipe. “Há dias em que o serviço simplesmente não funciona. Nós dependemos do acesso remoto, o serviço é pago, mas nos últimos 20 dias eu tive problema em pelo menos 15 deles”, explica.

A estudante Marina Revogahl conta que, desde que viajou para São Paulo, no final de janeiro, seu acesso à rede 3G está fora do ar. “Um mês inteiro pagando um pacote e simplesmente não usufruí do serviço”, reclama. Ela afirma que procurou a operadora pelo serviço de teleatendimento, mas a promessa de que a conexão seria restabelecida dentro de algumas horas nunca foi cumprida.

De acordo com o presidente da Teleco, consultoria de telecomunicações, Eduardo Tude, o 3G apresenta mais problemas que as chamadas de voz por ser um serviço mais recente e com um tráfego de crescimento exponencial. “O problema é que o crescimento ocorre não apenas na base de clientes, mas no consumido por cada cliente, que tem uma utilização crescente e demanda uma velocidade cada vez maior”, explica Tude.

Sem melhora

Ainda que a pesquisa tenha como base o período de agosto a outubro do ano passado, a impressão dos usuários é de que o serviço não melhorou desde então. De acordo com o site de reclamações de consumidores ReclameAqui, os protestos contra as operadoras se intensificaram nas últimas semanas.

Enquanto nos últimos doze meses TIM, Claro, Oi e Vivo recebiam, em média, 2,2 mil reclamações por mês via site, nos últimos 30 dias a média por operadora ultrapassou as 2,9 mil reclamações, uma alta de 31%. Todas fecharam o período acima da média histórica.

Ainda que as reclamações aumentem, o presidente da Teleco afirma que a tendência é que o serviço melhore. “Com a chegada do 4G, a tendência é que os usuários que consomem maior tráfego migrem para a nova geração, desafogando o 3G”, completa.

Necessidades
Curitiba precisa de 652 novas antenas de 4G até a Copa do Mundo

Para dar conta da demanda de acessos à internet móvel durante a Copa do Mundo, Curitiba vai precisar de 652 novas Estações Rádio Base (ERB) até a data de início do evento. Para chegar ao número ideal de novas antenas na cidade, seria necessária mais de uma liberação de instalação de ERB por dia até o pontapé inicial do torneio. O levantamento é do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel (SindiTelebrasil).

As empresas alegam, no entanto, que as leis municipais apresentam obstáculos para a liberação de espaços para novas estações e para a construção das torres.

O sindicato aponta que, no total, as doze cidades-sede vão precisar de 9.566 novas antenas de quarta geração de telefonia móvel.

Curitiba é a quinta cidade com a maior necessidade de antenas, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre.

Pelo cronograma de instalação, previsto no edital, a rede 4G deve estar funcionando em abril deste ano nas cidades sede da Copa das Confederações e em dezembro de 2013 nas cidades-sede da Copa do Mundo.

Já existe no Congresso um projeto de lei em tramitação para regulamentar a instalação de antenas de telefonia móvel, mas, de acordo com o sindicato, a legislação ainda esbarra em empecilhos nas regras municipais.

Fonte: gazeta

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