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Celulares com conex?o banda larga ser?o maioria no pa?s at? o fim do ano

Quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Última Modificação: 05/11/2018 13:43:46


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Melhoria no acesso à internet móvel no Brasil deve impulsionar vendas do e-commerce e desenvolvimento de novas ferramentas

Até o final do ano, a maioria dos acessos à internet pelo celular no Brasil será feita por conexões de banda larga. Hoje, os acessos pelas redes 3G e 4G ainda somam 44%, mas em breve deverão ultrapassar o número de conexões feitas pela rede 2G, que responde por 50% dos acessos. Os dados são da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A mudança, além de oferecer um serviço melhor aos clientes, também muda a forma como os usuários navegam, se comunicam e consomem pelo celular.

O domínio das conexões mais rápidas é inevitável e está em franca expansão. Ao final de 2012, 52 milhões dos acessos móveis eram feitos pela tecnologia WCDMA, que permite a conexão em banda larga à rede 3G. Já as conexões pela tecnologia GSM, que conectam à tecnologia 2G, mais lenta, ultrapassavam as 195 milhões de linhas habilitadas. Um ano e meio mais tarde, o momento da virada se aproxima: são 138 milhões de conexões lentas frente a 121 milhões via banda larga, seja por conexão 3G ou 4G.

A mudança é impulsionada pelo avanço dos smartphones. Em abril do ano passado, a venda mensal destes aparelhos ultrapassou a dos celulares convencionais e, hoje, os smartphones já representam 76% das vendas totais de celulares no Brasil. Segundo os dados mais recentes da consultoria IDC, referentes ao mês de maio, foram vendidos 4,5 milhões de celulares inteligentes , contra 1,4 milhão de aparelhos convencionais.

Mudança

Com isso, o perfil de navegação dos consumidores tem mudado de forma drástica. Segundo a Planet Mobile, pesquisa anual do Google sobre comportamento dos usuários de smartphones, o crescimento no número de perfis em redes sociais, busca por notícias por acesso remoto e compra de aplicativos no Brasil é diretamente proporcional ao aumento da qualidade das conexões. “É um mercado que está em franca ascensão no Brasil. Nunca se viu um número tão grande de empresas e investidores apostando no desenvolvimento de ferramentas para conexão móvel”, afirma o consultor Aldo Santini, da DataSensor, empresa que monitora acessos à internet em todo o mundo.

Segundo o estudo do Google, no ano passado, cada usuário tinha, em média, um aplicativo pago no celular. Hoje, a média é de três programas comprados para usar no smartphone. “A ligação é direta com a qualidade de conexão. O usuário só paga por um aplicativo de qualidade e um aplicativo só desempenha seu máximo com uma boa conexão”, completa Santini.

Tanto é que as principais redes de e-commerce também investem em serviços para os celulares. Segundo o relatório do Google, 30% dos usuários de smartphones já realizaram alguma compra pelo celular – quatro vezes superior ao registrado no ano passado. “Existe uma barreira para o comércio online, mas o usuário que já está acostumado a este tipo de consumo e que usa smartphone não tem mais receio. E este perfil está se multiplicando muito rapidamente”, completa o especialista em e-commerce da Digital Mark, Marco Bauducco.

Comprar pelo celular ainda é pouco comum

Ainda que o empecilho técnico para que o e-commerce decole no celular esteja sendo superado, muitos usuários ainda não se sentem confortáveis em fazer compras pelo aparelho móvel. Segundo a pesquisa anual de comportamento no uso de smartphones do Google, Planet Mobile, a demora no carregamento de páginas e o tamanho da tela são os maiores problemas para que o comércio virtual pelo celular deslanche de vez.

Pelo menos um terço dos entrevistados brasileiros pela pesquisa apontaram um destes problemas para justificar porque não compram pelo smartphone. “É típico de um público que está se acostumando com esta realidade. Em países em que a conexão é mais rápida há mais tempo, vemos um comportamento diferente”, explica o consultor Aldo Santini, da DataSensor.

No Reino Unido, onde o comércio eletrônico pelo celular é referência para o restante do mundo, 65% dos usuários frequentes de smartphones fizeram alguma compra pelo celular – diante dos 30% dos usuários brasileiros.

Os britânicos que não compram pelo celular, justificam com outros motivos. Metade deles não confia no sistema financeiro dos aparelhos móveis e um quarto dos não-compradores acredita que as lojas virtuais para celulares ainda não oferecem informações com detalhamento suficiente.

Fonte: gazeta

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