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A área de Agronegócio da Gazeta do Povo encerrou ontem a série de 11 eventos programada para 2011 com o Fórum Paraná Agroindustrial, realizado no Hotel Bourbon, em Curitiba. Cerca de 80 produtores e líderes do setor assistiram à palestra de Gilmar Mendes Lourenço, presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), que demonstrou o peso da agroeconomia e as transformações em curso. Desde o evento que fez parte da programação do Show Rural Coopavel, em fevereiro, o Agronegócio Gazeta do Povo reuniu ao todo 2 mil pessoas, oferecendo informações e análises como forma de contribuir para a tomada de decisões.
Lourenço detalhou que, a partir de 1995, a indústria do Paraná entrou em uma nova fase, com forte investimento privado na agroindustrialização de produtos do campo. Em sua avaliação, o setor agroindustrial é responsável atualmente por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria e por 45% do PIB do setor de serviços. Esses índices não levam em conta o Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária, que representa o valor do que se produz antes de qualquer transformação.
Para Lourenço, ao contrário do que indicam avaliações técnicas baseadas no quadro das exportações, a tendência é que o volume de matéria-prima transformado seja cada vez maior em âmbito estadual. Ele atenua a influência da China, principal cliente do agronegócio brasileiro, que prefere produtos primários. Para o especialista, é necessário levar em conta os investimentos constantes, como a indústria de milho de R$ 350 milhões que a Cargill anunciou para Castro e o projeto de R$ 6,8 bilhões que a Klabin deve implantar em Telêmaco Borba, ambos nos Campos Gerais.
O palestrante destacou o papel das cooperativas no desenvolvimento da agroindústria. As empresas é que tornaram o Paraná o estado mais agroindustrializado do país, apontou.
O executivo Jorge Gomes Rosa Filho, da Diretoria Financeira do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), disse que 60% das operações da instituição em 2011 envolveram a agroindústria, somando R$ 396 milhões.
As discussões relacionadas ao agronegócio continuarão sendo prioridade para o Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), disse a diretora da Unidade de Negócios Jornais, Ana Amélia Filizola. “Queremos contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável do setor”, afirmou. O Fórum Paraná Agroindustrial contou ainda com a participação de deputados e representantes dos governos estadual e federal.
Última modificação em 13/12/2011