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Notícia

Governo Municipal de Faxinal


Pouco feedback é maior queixa contra chefes


A falta de reconhecimento e de elogios são as duas maiores reclamações dos trabalhadores curitibanos em relação a seus chefes, de acordo com uma pesquisa exclusiva feita pelo Paraná Pesquisas para a Gazeta do Povo. Quase 15% dos empregados de empresas públicas e privadas da capital citam o não reconhecimento do esforço dos colaboradores como o maior defeito dos superiores. Outros 11% dizem que a falta de elogio aos bons resultados é o maior problema. Na sequência, aparecem as decisões equivocadas (11%), a resistência a novas ideias (9%) e a falta de capacidade em ensinar e a ajudar no desenvolvimento dos subordinados (5%).

Para Cesar Rego, gerente da regional Sul da consultoria de gestão Hay Group, o resultado indica a ausência de políticas formais de avaliação de desempenho. “O feed­­back no dia a dia pode ser algo muito sutil e subjetivo, o que acaba dando margem a diferentes interpretações. Por isso é importante que a empresa tenha uma avaliação formal de como o funcionário está se saindo. É nesse momento que devem ser apontados os pontos a desenvolver e é quando aparecem os elogios. É a oportunidade para uma análise quantitativa, de resultados, e qualitativa, de comportamento, do funcionário”, afirma ele.

A pesquisa também mostrou que um em cada cinco curitibanos já pediu demissão devido a dificuldades de relacionamento com o chefe. De acordo com Carla Virmond Mello, diretora para a Região Sul da consultoria de transição de carreira e desenvolvimento profissional LHH/DBM, de fato há casos de incompatibilidade entre funcionários e superiores em que a solução é a saída da empresa, mas muitas vezes os subordinados fazem uma autoavaliação pouco crítica da situação de conflito. “Existe muita atenção destinada à questão da liderança, mas pouco se discute sobre o que é ser liderado”, diz ela. “Ninguém precisa adorar o chefe. Se isso acontecer, ótimo, mas, se não acontecer, o funcionário tem de cuidar do seu desempenho e de sua performance. O que vejo é que cada vez mais as pessoas estão tomando decisões emocionais, levando a questão para o lado pessoal, quando deveriam ser mais racionais e profissionais. É uma questão de falta de maturidade”, argumenta.

Mariciane Gemin, sócia-gerente da filial de Curitiba da Asap, empresa de recrutamento e seleção especializada em média gerência, diz que é comum encontrar profissionais que pedem “demissão do chefe”, e não da empresa. “Cabe ao gestor estar preocupado em oferecer oportunidades aos seus subordinados”, lembra ela.

Ética

Mais da metade dos entrevistados – 53% – afirmou que a conduta ética das empresas e órgãos públicos está em declínio e 23% afirmaram que já realizaram uma tarefa no trabalho que não condiz com seu princípio ético. “É bom lembrar que empresa não tem ética; as pessoas têm”, diz Mariciane. “Hoje toda organização é voltada para resultado, mas a que custo e a que preço? Aí vai de cada um não corromper seus valores”, diz.

 


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  • Por: PMFAX

Última modificação em 07/03/2012

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