Governo Municipal de Faxinal
Vizinhos contaram que a mãe do menino também apanhava do marido, principal acusado do crime. Casa da família foi incendiada por populares
Familiares da mulher do homem acusado de espancar até a morte o próprio filho, de apenas 2 anos, contaram à reportagem do JL, na manhã desta terça-feira (7), que o Conselho Tutelar já havia retirado a criança dos pais após denúncias de maus-tratos. Vizinhos contaram que a mulher, grávida de cinco meses, também apanhava do marido.
O pai do menino de 2 anos que morreu após a suspeita de ter sido espancado foi preso em flagrante na noite de segunda-feira (6). Ele é o principal suspeito de agredir o filho até a morte. Em entrevista à RPC TV na noite de segunda, o homem confessou que "perdeu a cabeça" com a criança depois que ela jogou algumas coisas no chão. "Bati nele e aí aconteceu isso. Não queria o mal do meu filho. Amo o meu filho", confessou.
O pai contou à polícia que bateu com uma cinta no rosto da criança e ela caiu desacordada. O homem também disse que a mulher grávida presenciou a cena. Ele contou que batia na criança no sentido de corrigir.
Parentes do pai disseram que ele tem problemas psicológicos e se recusava a tomar os remédios. Ele não fumava nem bebia.
De acordo com o delegado de homicídios de Londrina, Paulo Henrique Costa, os exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) de Londrina apontaram que a criança apresentava espancamento generalizado, edema cerebral, hematomas e sinais de asfixia.
Costa informou que o homem foi atuado em flagrante pelo crime de homicídio doloso, com intenção de matar. A mãe da criança foi ouvida como testemunha ocular dos fatos e confirmou a versão do marido.
Na manhã desta terça-feira (7), populares puseram fogo na casa do pai preso. Não havia ninguém no local.
O Conselho Tutelar informou que a família é acompanhada há cerca de um ano e meio. Em junho do ano passado, a criança foi retirada dos pais e ficou em um abrigo por cerca de três meses. Passado esse período, o Conselho devolveu o menino ao casal.
O caso
A criança morreu na manhã de segunda-feira (6) após dar entrada no Hospital da Zona Norte (HZN) em Londrina com parada cardiorrespiratória. De acordo com o diretor clínico do hospital, Anselmo Nunes Duarte Júnior, o menino chegou ao HZN por volta das 7h20 sujo e mal vestido.
Segundo o delegado-chefe, Márcio Amaro, a polícia tomou conhecimento do caso apenas no período da tarde, quando tios paternos da criança foram até a delegacia e fizeram um Boletim de Ocorrência.
Última modificação em 07/02/2012