Segunda-feira, 30 de julho de 2012
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Apenas os caminhões estão sendo impedidos de trafegar. O movimento que reúne os caminhoneiros prevê que ao longo do dia sejam feitos 80 piquetes no estado
Os motoristas autônomos fazem novas manifestações contra a Lei do Caminhoneiro nesta segunda-feira (30) e bloqueiam sete estradas do Paraná. A previsão é que ao longo do dia sejam feitos 80 piquetes no estado. A ação faz parte de uma paralisação nacional liderada pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC). Apenas os caminhões estão sendo impedidos de trafegar.
Em Realeza, na região Sudoeste do estado, a PR-182 foi bloqueada no quilômetro 459 às 8h40. O tráfego de caminhões ainda estava impedido no local por volta das 10h, segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE). A PR-218, no quilômetro 50, em Astorga, também foi bloqueada para caminhões de aluguel, de acordo com a PRE.
Uma manifestação de caminhoneiros também interditou o quilômetro 288, na PR-151, em Castro. Veículos de passageiros transitavam pelo acostamento por volta das 11h30. O quilômetro 55 da PR-468, no trecho de Moreira Sales, também foi bloqueado.
Entre as rodovias federais, havia bloqueios na BR-277, no quilômetro 670, em Medianeira, na BR-163, do município de Planalto até a divisa do estado com Santa Catarina, e na BR-476, no quilômetro 80, em Toledo. As estradas federais começaram a ser bloqueadas às 4h, conforme informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com o líder do MUBC no Paraná, Neri Leobet, a previsão é de novos bloqueios no estado ao longo do dia. “Se depender do que os caminhoneiros que estiveram paralisados nesses dias disseram vamos ter 80 piquetes no Paraná”, afirmou. Ainda segundo Leobet, os trabalhadores devem se reunir com o Ministério dos Transportes nesta segunda ou terça-feira para discutir impasse.
Reivindicações
A mobilização é uma reação a pontos da chamada Lei do Caminhoneiro – em vigor desde junho deste ano – que limitou a jornada de trabalho a 10 horas para os contratados e a 12 horas para os autônomos. Outra exigência são intervalos de 30 minutos a cada 4 horas trabalhadas e um repouso ininterrupto de 11 horas a cada 24 horas. Os caminhoneiros querem a suspensão da lei até que sejam construídos “pontos de paradas”, onde os veículos possam permanecer em segurança.
A categoria também contesta pontos da Resolução 3658, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que acaba com a carta-frete e a informalidade na discriminação de custos da contratação de autônomos por parte das transportadoras. Os trabalhadores pedem a suspensão temporária da norma, até que o sistema eletrônico de pagamento seja estruturado.
Os caminhoneiros também reivindicam pontos que garantiriam mais segurança nas estradas. Dentro as solicitações, estão a criação do Fórum Nacional do Transporte, a suspensão imediata da fabricação dos bitrens (composições rodoviárias com nove eixos), aprovação do estatuto dos motoristas, e criação em todo o país de delegacias especializadas em combater roubos de cargas.
Fonte: gazeta