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Carro, viagem ou geladeira?

Terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Última Modificação: 05/11/2018 14:14:17


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Com alguma disciplina dá para realizar até dois desses sonhos de consumo em 2013. Especialistas ensinam como fazer

Quer realizar um sonho de consumo, mas não sabe como? Partindo de um 13º salário de R$ 3 mil, e poupando R$ 1 mil por mês é possível, até o fim de 2013, ou dar entrada em um carro zero ou comprar uma nova geladeira e programar uma viagem para o Nordeste brasileiro com acompanhante. Faça as contas conosco.

Uma entrada em um veículo que custa em torno de R$ 25 mil está, atualmente, cerca de R$ 12 mil, segundo o conselheiro do Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR) Carlos Magno Bittencourt. Por se tratar de uma compra que exige um custo maior, Bittencourt explica que a família que tenha apenas a renda de R$ 3 mil talvez não consiga obter à vista os três sonhos – carro, viagem e geladeira. Porém, pode adquirir dois dos três. “Se não tiver poupança, ou nenhuma outra fonte de renda, escolhe só um sonho, para que não comece 2013 com muita conta para pagar. Com R$ 13 mil [poupando mil reais todo mês] é possível fazer uma parte disso. Uma entrada em um carro de 25 mil está em torno de R$ 12, 13 mil e pode ser parcelada em até 60 meses, mas a família vai pagar uma prestação de R$ 600. Pode-se fazer isso economizando mil reais por mês, mas vai pesar um pouco. Por isso é melhor que se escolha. Ou adquire só o carro ou a geladeira e o pacote de viagem. Não dá para fazer as três, só uma ou duas”, explica.

Escolha

Priorizar as escolhas também é uma sugestão do professor de economia do Instituto Superior de Administração e Economia, vinculada à Fundação Getúlio Vargas (ISAE/FGV) Sérgio Bessa. Segundo Bessa, se for pagar a vista a viagem e a geladeira, o custo ficaria em torno de R$ 6 mil. “Somando o valor do carro, por exemplo, juntando tudo daria cerca de R$ 31, sem contar os gastos adicionais com o carro, como seguro, IPVA e os gastos de lazer no Nordeste. Com o 13º de R$ 3 mil, a pessoa levaria 10 anos para somar tudo isso. Sugiro que deixe o carro de fora, porque se não puder pagar a vista e der somente uma entrada, terá uma prestação para comprometer o salário”, aponta. O pacote de viagem e a geladeira são compras que podem ser feitas à vista com a renda de R$ 3 mil mensais, mas a família não pode esquecer os custos extras, como os gastos com lazer na viagem.

Para ter todos os três sonhos atingidos e sem grandes dívidas, a sugestão dos especialistas é esticar o prazo. “Até dá para ter tudo em 2013, se a pessoa já fizer as compras, mas ficará endividada.

Posso ir hoje até à loja, comprar a geladeira em diversas vezes, o carro novo e a viagem, mas estarei com uma dívida enorme, com várias prestações e juros a pagar ao longo do ano”, comenta o economista.

Opções

Pagamento à vista sempre é melhor

O pagamento à vista dá ao comprador poder de negociação e, com isso, a possibilidade de reduzir os preços por meio de descontos. Além disso, o planejamento evita que se gaste mais com juros do que com o próprio produto. “No Brasil pagamos taxas de juros ainda muito elevadas. Não podemos permitir que o salário seja dilapidado por juros. Separe o que quer comprar e guarde o dinheiro. Com o pagamento à vista, posso ter desconto”, complementa o economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR) Carlos Magno Bittencourt.

Bittencourt sugere ainda que, antes mesmo que 2012 acabe, a família comece a poupar. “O interessante é não comprar agora. Se comprar um pacote de viagem para os próximos meses, os valores estão muito altos, pois é alta temporada. É melhor ir até a agência e se programar para o metade ou fim de 2013”, comenta.

Foi o que fez o publicitário Fábio Pauluk. A viagem para Nova York está programada para outubro de 2013, mas o planejamento já começou há alguns meses. “Já venho guardando dinheiro faz um tempo e já corri atrás dos valores de hotéis e passagens.”

Pauluk conta que tem separado cerca de 20% do salário em uma poupança e, para evitar gastos impulsivos que possam comprometer o dinheiro já poupado, ele cortou algumas saídas à noite e a conta do telefone. “Eu nunca tinha parado para pensar no quanto eu gastava com coisas inúteis. Eu chegava a gastar uma média de R$ 700 todo mês e consegui reduzir para R$ 300”, conta. No dia 31, Fábio já sabe o que vai pedir. “Minha promessa para 2013, além de emagrecer, é guardar mais para viajar bem tranquilo”, relata.

Fonte: gazeta

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