Quarta-feira, 27 de março de 2013
Última Modificação: 05/11/2018 14:10:41
Ouvir matéria
Os números são do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, e referem-se ao
período de 2007 a 2012
A crise econômica internacional associada a problemas específicos em alguns
países, como o terremoto seguido por tsunami no Japão (em 2011), provocou o
retorno de 300 mil a 400 mil brasileiros que estavam no exterior para o Brasil.
Os números são do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, e referem-se ao
período de 2007 a 2012. A estimativa é que cerca de 2,5 milhões de pessoas vivem
fora do país.
Os brasileiros voltaram, principalmente, do Japão, da Espanha, de Portugal,
da França e dos Estados Unidos, além do Paraguai. Porém, o Itamaraty informou
que os dados são baseados em estimativas, pois vários estão em situação ilegal,
o que dificulta a precisão das informações.
O único país, segundo o Itamaraty, que é exceção é o Japão, pois todos os
imigrantes são cadastrados pelo governo japonês. De 2007 a 2012, o número de
brasileiros no país caiu de 313 mil para 193 mil. A avaliação é que o terremoto
seguido por tsunami no Nordeste do Japão agravado por explosões e vazamentos
nucleares, em março de 2011, tenha provocado o retorno.
De acordo com o Itamaraty, foram eliminadas ações consideradas
discriminatórias em relação a brasileiros no exterior, como era o caso da
Espanha até o ano passado. Negociações entre autoridades brasileiras e
espanholas, segundo o ministério, acabaram com essas barreiras.
A diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, Luiza Lopes
da Silva, disse hoje (27) que os problemas de impedimento fora do país, quando
ocorrem, são pontuais. Em geral, segundo ela, são questões relativas à adequação
de documentos. A diplomata acrescentou que a preocupação do governo é dar
condições para que todos os que retornam do exterior tenham condições de se
reinserir na sociedade e no mercado de trabalho.
“No momento que o imigrante volta não acaba o problema. O retorno do
imigrante não é fácil porque os caminhos que ele pode percorrer [para se
readaptar à vida no Brasil] não são divulgados. De uns anos para cá, estamos
fazendo esforços para levar essas informações ao exterior. Estamos fazendo a
divulgação desses dados”, disse Luiza Lopes.
Fonte: gazeta