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O minuto que pode valer uma vida

Segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Última Modificação: 05/11/2018 14:02:15


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No Brasil, cinco bebês morrem de asfixia por dia por não terem recebido o atendimento adequado ao nascer. Campanha alerta pais e profissionais

O primeiro minuto de vida de uma criança pode ser determinante para o seu futuro. Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que um em cada dez bebês precisa de algum auxílio para respirar ao nascer. Para que o quadro de asfixia do recém-nascido não deixe sequelas, nem resulte na morte do bebê, é importante que o atendimento seja feito já nos primeiros 60 segundos de vida.

INFOGRÁFICO: Confira o procedimento adotado quando uma criança nasce e tem dificuldade em respirar

“Se a criança [com dificuldade para respirar] não recebe o atendimento adequado e no tempo certo, ela entra em insuficiência respiratória e pode vir a falecer por causa disso ou ficar com sequelas”, explica a pediatra Maria Fernanda Almeida. Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a asfixia ao nascer contribui para a morte precoce (em até sete dias) de cinco bebês nascidos no tempo certo por dia no Brasil.

Para tentar diminuir esse quadro, a SBP lançou na semana passada, durante o Congresso Brasileiro de Pediatria, realizado em Curitiba, a campanha o Primeiro Minuto é de Ouro, que tem Maria Fernanda como uma das coordenadoras. A intenção da campanha é conscientizar as famílias e profissionais de saúde sobre a importância do hospital em que será realizado o parto ter uma equipe preparada e todo o material pronto para realizar manobras de reanimação do bebê caso seja necessário.

Para saber se a criança está respirando bem, o médico avalia a frequência cardíaca dela no momento do nascimento. Se estiver inferior a 100 batimentos por minuto, é sinal de que o recém-nascido precisa de atendimento especial. Entre a avaliação inicial e o início do processo de ventilação não podem se passar mais de 60 segundos.

O pediatra Marcos Petrini, coordenador médico da UTI neonatal do Hospital Santa Cruz, de Curitiba, recomenda aos pais questionarem a maternidade onde o filho vai nascer se ela conta com profissionais treinados para fazer a reanimação do bebê na sala de parto. “No caso do nascimento de gemelares [gêmeos] deve-se dispor de material e equipe próprios para cada criança”, ressalta.

Petrini também destaca que é importante observar a temperatura da sala e os materiais que devem estar disponíveis para a reanimação. “A sala de parto ou reanimação deve manter temperatura ambiente de 26°C, apresentar material para aspiração, ventilação, intubação traqueal e medicações”, completa.

Sequelas

No caso de a criança não ter o atendimento adequado no primeiro minuto de vida, ela pode ficar com sequelas cerebrais, que variam desde dificuldade de aprendizagem até comprometimentos neurológicos graves. Isso para as que conseguem sobreviver. Pesquisa da SBP revelou que 3.758 recém-nascidos sem malformações morreram em 2010 por asfixia neonatal.

Fonte: gazeta

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