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Paran? planeja abrir vias para munic?pios pobres

Sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Última Modificação: 05/11/2018 14:01:10


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Governo tenta financiamento para obras em 460 quilômetros de estradas nas regiões do estado com baixo índice de desenvolvimento humano

O governo do Paraná bate à porta do Banco Inter­­americano de Desen­vol­vimento (BID), negociando empréstimo para tirar do papel um projeto logístico que prevê obras ao longo 460 quilômetros de 14 estradas estaduais. Orçado em US$ 680 milhões (R$ 1,482 bilhão), o programa prevê a ampliação e melhorias na malha rodoviária de regiões que concentram cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A partir disso, espera-se estimular esses municípios e minimizar a pobreza.

O projeto – Programa Estratégico de Infraestrutura e Logística de Transportes – prevê a pavimentação de 140 quilômetros de estradas, ligando pequenos municípios a rodovias estaduais. O alvo desta parte do projeto são regiões menos desenvolvidas, principalmente no Centro-Sul e Vale da Ribeira.

“Essa infraestrutura permitiria a recuperação do IDH dessas regiões. É fundamental para amenizar a miséria e a fome desses bolsões”, analisou o economista Lafaiete Neves, especialista em transporte.

Inclui-se nesta etapa o asfaltamento da PR-092, entre Cerro Azul e Doutor Ulysses – município com o pior IDH do Paraná. A obra é uma reivindicação histórica dos moradores, que atribuem o atraso ao isolamento geográfico. Também estão previstas a pavimentação do acesso ao Porto de Antonina – a PRC-101 –, além de trechos de estradas em São Mateus do Sul, Coronel Domingos Soares, Reserva do Iguaçu e Mato Rico, considerados bolsões de pobreza do estado.

O programa também deve duplicar 150 quilômetros e restaurar 170 quilômetros de rodovias. Nestas etapas, encontram-se melhorias no eixo rodoviário – PR-466 – que liga Guarapuava a Mauá da Serra, alavancando o desenvolvimento de pequenos municípios às margens da estrada.

“Aquele setor é um vazio, marcado por pequenas cidades, em uma região pobre, de poucos acessos rodoviários. Essa integração deve beneficiar a área como um todo”, disse o conselheiro de infraestrutura da Federação das Indústrias do Paraná, João Arthur Mohr. “O desenvolvimento vem pela estrada. Se não tem estrada, não tem desenvolvimento”, resumiu.

Integração

De acordo com o projeto, o objetivo é integrar as estradas que serão pavimentadas ou que passarão por melhorias à rede rodoviária – estradas estaduais e federais. O Paraná também pretende implantar cinco centros logísticos, com estruturas de apoio para usuários, posto de armazenagem e desembaraços alfandegários.

O economista Lafaiete Neves, no entanto, ressalta que a integração pode ficar ameaçada se o estado não rever o preço da tarifa nas rodovias pedagiadas. “Não adianta essa estrutura, se continuar onerando os preços dos pedágios. Não é este modelo que se vê em regiões de expansão do agronegócio, por exemplo, como Mato Grosso e Amazônia Legal”, mencionou.

Fonte: gazeta

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