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Consumo d? asas ? Copacol

Sexta-feira, 25 de outubro de 2013

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Se agregar valor à matéria-prima gera riqueza, a Copacol sabe muito bem como fazer isso. Na primeira cooperativa agrícola do Paraná a investir em produção de aves, a ordem é transformar soja e milho em carne. Todas as mais de 800 mil toneladas de grãos produzidas pelos agricultores associados são destinadas às indústrias de ração animal. E se hoje o crescimento do consumo de frango no Brasil e no mundo dá asas a essa empresa, isso ocorre graças a uma mudança radical feita há 36 anos.

Uma seca quase faliu a cooperativa durante a safra 1977/78, quando o sustento do negócio vinha exclusivamente das lavouras. “Tivemos de dispensar 30% dos funcionários, por causa da frustração no campo, e pensar numa alternativa mais segura. Decidimos apostar na carne de frango”, conta o diretor-presidente da empresa, Valter Pitol. Ao longo do tempo, a alternativa à produção de grãos se tornou a principal fonte de renda da cooperativa, que hoje consegue manter seus planos de expansão até mesmo em fases críticas para a atividade. No ano passado, enquanto a avicultura brasileira lutava para superar uma das piores crises de custos do setor, provocada pela valorização da soja e do milho no mercado internacional, a Copacol anunciou a inauguração de um novo e moderno abatedouro de aves no município de Ubiratã, fruto de uma parceria com a cooperativa vizinha Coagru. O investimento no frigorífico foi estratégico, representa um passo importante para o alcance de metas nos próximos anos.

Ainda na década de 1970, quando a Copacol se viu obrigada a ampliar a visão de negócio, a avicultura era apenas uma promessa para o Brasil. O país tinha participação de apenas 4% nas exportações globais do produto. Hoje essa fatia está próxima dos 35%, com 0,5% das vendas externas e 2% da produção nacional vindos da cooperativa paranaense. Porcentualmente, pode parecer pouco, mas, aos 50 anos de idade, a companhia com sede em Cafelândia, Oeste do Paraná, possui uma coleção de números astronômicos, a começar pelo faturamento.

Para 2013, a meta é passar dos R$ 2,05 bilhões, com mais da metade gerados a partir do frango. Em termos de produção, todos os anos são abatidas 100 milhões de aves, a um ritmo de 320 mil ao dia na unidade de Cafelândia e outras 70 mil em Ubiratã. Tudo isso é feito a milhares de mãos. Na linha de produção do frigorífico, trabalham 4 mil pessoas, em três turnos. Ao todo, são 7,6 mil colaboradores. No campo, são 5 mil produtores associados, aos quais a cooperativa dedica um bom tempo em orientações técnicas. “Quanto mais o produtor ganhar por cabeça de frango, melhor para cooperativa e para ele, que vai ter mais renda”, explica Pitol. O reflexo dessa sinergia está nos dados do município de Cafelândia. Hoje a produção de frango representa 43% dos mais de R$ 305 milhões do Valor Bruto da Produção Agrícola do município.

“GPS” aponta expansão em ritmo dobrado

Para a Copacol, GPS tem um outro significado. A letra “g” significa geração de receita, o “p” é de produtividade e o “s”, sustentabilidade. É essa sigla que rege o plano estratégico de crescimento da empresa. Para cada letra existe uma meta. A de faturamento, de mais de R$ 2 bilhões, deve ser alcançada em 2013. Já a receita líquida precisa ser de 5%. E no quesito sustentabilidade, o desafio é capacitar 25 mil pessoas em programas de desenvolvimento até 2017. Para chegar lá, a Copacol pretende dobrar o número de abates diários de frango até 2017 para 700 mil cabeças, pela ampliação da produção no frigorífico de Ubiratã. A receita é “produzir mais, com qualidade e menos despesas”, revela o diretor-presidente, Valter Pitol. Além da avicultura, a cooperativa prevê ampliação das apostas na suinocultura, pecuária de leite e até na aquicultura. A produção de tilápias, que hoje é de 45 mil ao dia, deve chegar a 85 mil unidades no período.

Fonte: gazeta

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