Quarta-feira, 08 de janeiro de 2014
Última Modificação: 05/11/2018 13:59:27
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Mundial deve adiar congressos e eventos corporativos em Curitiba, enquanto comércio e indústria tentam evitar prejuízos com feriados
A Copa do Mundo deve impulsionar a vinda de turistas para o Brasil, mas, ao que tudo indica, terá efeito inverso sobre o turismo de negócios no país. Conforme o Curitiba Convention e Visitors Bureau, a procura por espaço para congressos e feiras despencou. Com as atenções voltadas para o mundial de futebol, muitos eventos e encontros corporativos foram adiados, segundo Tatiana Turra, diretora executiva da entidade.
De acordo com ela, 2014 deve registrar resultados bem abaixo do que 2013. “Estão previstos apenas três congressos no segundo semestre de 2014, que é um número baixo para a média”, diz.
Ano passado, Curitiba contabilizou cerca de 300 eventos, com a movimentação de cerca de R$ 186 milhões. “Para 2014 temos confirmados apenas R$ 25 milhões até agora. O que não é comum, já que esses eventos são fechados com antecedência. Para julho a agenda está toda a definir”, diz.
Os eventos corporativos realizados por empresas também serão menores em 2014, segundo Anita Pires, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc). “As empresas estão substituindo as convenções por bônus e premiações para os funcionários com viagens para ver os jogos da Copa”, diz.
Bloqueio
Não há dados oficiais sobre a queda no número de convenções corporativas, mas Anita diz que o fato de alguns hotéis que em geral abrigam esse tipo de evento estarem bloqueados pela Fifa para a Copa também contribuiu para a mudança nos planos das empresas. O torneio começa em 12 de junho e segue até 13 de julho. Os duelos em Curitiba vão ocorrer em junho, nos dias 16, 20, 23 e 26.
Segundo Tatiana, a expectativa é que a queda de 2014 seja compensada por um número maior em 2015. “Para o próximo ano já temos dez grandes congressos confirmados”, diz.
O setor, segundo a presidente da Abeoc, espera que o legado deixado pela Copa possa ser usado na promoção de eventos nos próximos anos. “Tivemos casos de sucesso nesse sentido, como a Inglaterra, e de fracassos como o da África do Sul. Esperamos que o Brasil consiga seguir o bom exemplo”, diz Anita.
Fonte: gazeta