Quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Última Modificação: 05/11/2018 13:57:28
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O piso é mais que um item da construção ou elemento estético. Além de personalizar o ambiente, o material influencia no conforto acústico e térmico do imóvel e também na segurança dos usuários. Escolher o piso ideal requer algum conhecimento e pesquisa: entre cerâmica, porcelanato, vinílico, laminado ou cimento queimado, há opções de revestimentos com texturas, brilhantes, foscos ou lisos.
A primeira dica é analisar o tipo de ambiente – se interno, externo ou úmido – e as pessoas que vão utilizar o espaço. “Com um leque grande de produtos, a escolha deve ser feita não somente de acordo com a estética, mas principalmente com o conforto e a segurança necessários”, orienta a designer de interiores Fernanda Seabra.
Fernanda explica que uma das diferenças relevantes entre um tipo de piso e outro é a textura. “O liso é mais fácil de limpar, porém o mais rugoso oferece maior segurança, pois evita escorregões e quedas”. Veja algumas características de pisos residenciais:
Vinílico ou flutuante nos quartos
Para os dormitórios, os pisos do tipo vinílico ou flutuante laminado são boas opções. O primeiro é emborrachado e o segundo é uma espécie de madeira, a HDF. O laminado deve ser instalado sobre uma manta – por isso é chamado flutuante – e não fixado diretamente sobre o contrapiso. “Os dois tipos deixam o quarto mais aconchegante e têm boa acústica, pois abafam o som dos passos”, afirma o arquiteto André Silvestri.
Pisos de madeira foram muito utilizados em dormitórios, mas o arquiteto lembra que a instalação é mais complicada e a manutenção exige lixamento e envernização. “O laminado vem pronto”, observa. Ele ressalta, no entanto, que esse tipo de piso deve ficar longe de áreas úmidas.
A aplicação é feita por profissional especializado e a manutenção pede cuidados específicos. “Tanto o laminado quanto o vinílico precisam de atenção na limpeza, que deve ser feita com pano úmido, sem produto químico”, alerta Abias Vicente dos Santos Júnior, diretor administrativo da London Pisos.
Cimento queimado
O cimento queimado voltou à moda nos últimos anos. Apesar de mais comum em ambientes comerciais, também pode ser utilizado em residências para dar um ar rústico ao ambiente. O arquiteto André Silvestri destaca que esse tipo de piso exige conhecimento técnico para ser preparado e deve ser aplicado, necessariamente, sobre uma base impermeabilizada. “Tem que ser muito bem feito para evitar manchas e diferenças de tonalidade”, diz.
A designer Fernanda Seabra comenta que novas tecnologias têm contribuído para melhorar a resistência desse tipo de piso. “O cimento queimado evoluiu para o microcimento e o tecnocimento. Eles apresentam o mesmo efeito visual, mas não têm rachaduras”, destaca.
Pedras em áreas externas
Em áreas externas, a sugestão é optar pelo uso de pedras. “Miracema e pedra mineira são adequadas para pisos em áreas de piscinas, churrasqueiras e calçadas, pois oferecem segurança nos locais molhados e não retêm muito calor”, explica André Silvestri.
A cerâmica, um dos produtos mais tradicionais e largamente utilizados, apresenta pisos resistentes e de fácil limpeza, com diversidade de texturas e cores – além de ter o preço mais em conta, se comparado a outros materiais. Esse tipo de piso pode ser usado em todos os ambientes, inclusive nos úmidos.
Porcelanato
O porcelanato, uma espécie melhorada da tradicional cerâmica, é um dos pisos mais utilizados atualmente, tanto em áreas internas quanto externas, por ter boa resistência e baixa absorção de água. A versão esmaltada, que apresenta textura, é recomendada principalmente para varandas e banheiros. Em ambientes onde circulam idosos, crianças ou animais, é melhor evitar o tipo polido, que é muito liso e pode causar acidentes.
Uma das novidades do mercado é o piso com impressão em HD. A técnica aplica texturas sobre o porcelanato, imitando outros produtos como madeira e pedra. “O HD acaba, muitas vezes, substituindo o esmaltado. Ele junta a resistência e a durabilidade à impressão gráfica, que permite diversas texturas”, explica Danilo Gil, gerente da Todimo Materiais para Construção.
Fonte: gazeta