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Menos quimioterapia

Segunda-feira, 10 de março de 2014

Última Modificação: 05/11/2018 13:55:44


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Medicamentos específicos contra algumas células cancerígenas podem melhorar tratamento e causar menos efeitos colaterais

Segundo uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine, um medicamento conseguiu aumentar em 83% a taxa de sobrevivência de pacientes com leucemia linfóide crônica. O Ibrutinib ainda está sendo testado, mas há indícios de que pode promover a cura sem que os pacientes precisem passar pela quimioterapia convencional. Pesquisas investigam se a inovação pode representar o fim da quimioterapia

A quimioterapia se presta apenas para alguns tipos de câncer. De acordo com Eduardo Munhoz, médico hematologista do Instituto de Oncologia do Paraná (IOP) e do Hospital Erasto Gaertner, “a quimioterapia é usada em doenças sistêmicas, que atingem o corpo como um todo – a leucemia, por exemplo. A radioterapia é um controle mais local, normalmente aliada a cirurgias”.

A quimioterapia convencional é agressiva para o paciente porque ataca o conjunto das células do corpo e por um período prolongado, enfraquecendo as células cancerígenas, mas também todo o organismo. Os novos medicamentos fazem o contrário. “Chamados de terapia alvo, são desenvolvidos para atacar moléculas cancerígenas específicas”, explica o médico Eduardo Munhoz. Como são remédios, também podem ser considerados um tipo de quimioterapia. Mas são menos agressivos que as substâncias convencionais, além de causar poucos efeitos colaterais no paciente.

Como ainda estão em desenvolvimento e não existem para todos os tipos de células cancerígenas, os pacientes não podem fazer apenas a “terapia alvo”. Eduardo explica que “o tratamento ainda é associado com a quimioterapia convencional, mas talvez no futuro seja isolado. A tendência é que o tratamento seja cada vez mais individualizado, voltado para o caso de cada paciente”. Em longo prazo, isso pode significar o fim das quimioterapias convencionais e penosas.

Sem queda de cabelos

Segundo a aposentada Amélia Carla Nogueira, que passou pelo tratamento associado de quimioterapia convencional e terapia alvo para linfoma, o processo é bem melhor para o paciente. “Eu tinha muito medo. A gente ouve coisas sobre quimioterapia e fica com muito medo. O médico me explicou que minha terapia seria mais fraca por causa do uso do outro medicamento e no fim foi um pouco mais fácil. Meu cabelo não caiu tanto e não passei tão mal”, conta.

Fonte: gazeta

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