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CRIME

Alta do tomate provoca furtos a planta?es no interior do Paran?

Segunda-feira, 19 de maio de 2014

Última Modificação: 05/11/2018 13:51:17


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Produto, que ficou 33% mais caro em Curitiba, entrou na mira de ladrões e contrabandistas

A delegacia de Faxinal, no Norte do Paraná, registrou sete casos de furto de tomate no último mês. Os crimes foram cometidos por conta do aumento de preço do fruto, que ficou 33,19% mais caro em Curitiba, entre janeiro a abril deste ano, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta do preço colocou o produto na mira de ladrões e contrabandistas.

O delegado de Faxinal, Antônio Sílvio Cardoso, diz que sempre houve casos pontuais de furto de tomate, mas nunca tantos casos em sequência, como os ocorridos neste ano. Foram seis casos no município e um em Cruz Maltina, cidade vizinha, pertencente à mesma comarca. Em uma das ocorrências, foram levadas mais de 100 caixas de tomate. Nos outros casos, o prejuízo foi de 18 a 20 caixas.

“Estamos investigando e já sabemos que há mais de um grupo responsável pelos roubos. O que dificulta é que os suspeitos trabalham no próprio ramo de compra e venda do tomate”, diz o delegado. Segundo ele, há mais de 400 estufas no município, o que também atrapalha as investigações.

Os produtores estão tomando mais cuidado e, há uma semana, não são registrados novos furtos. Mas, Cardoso estima que outros casos tenham acontecido, mas sem registro de boletim de ocorrência.

O município é conhecido como “capital do tomate em estufa” por sua tradição no cultivo do fruto, e promove anualmente a Festa do Tomate de Faxinal.

Contrabando

Além dos roubos às plantações, a alta do tomate tem motivado o crime de contrabando. De acordo reportagem recente da Gazeta do Povo, comerciantes cruzam a fronteira com a Argentina para comprar o fruto em Puerto Iguazu, onde há preços mais atraentes devido ao câmbio. Produtos agrícolas in natura não podem cruzar a fronteira sem passar por um processo que inclui fiscalização fitossanitária e autorizações de importação, o que não ocorre no transporte informal.

 
 

Fonte: GAZETA

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