Segunda-feira, 26 de maio de 2014
Última Modificação: 05/11/2018 13:50:30
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A internacionalização traz estrangeiros para terras brasileiras. Conheça a história de gente que deixou o próprio país para buscar o conhecimento em nossas universidades
Os estrangeiros estão descobrindo o Brasil como destino de estudo e têm se matriculado cada vez mais em nossas universidades, segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Eles vêm atraídos pelas instituições públicas de qualidade e pela diversidade cultural de Norte a Sul.
Um bom acolhimento costuma ser encontrado por aqui, mas ainda há longo caminho para desenvolver a receptividade, segundo a coordenadora do Centro de Estudos em Educação Superior da PUCRS, Marília Costa Morosini. “Somos mais acolhedores, é diferente de quando vamos para o exterior. Nosso contato é mais interativo e talvez isso possa compensar a falta de estrutura que temos.”
De acordo com a assessoria do MRE, as universidades têm autonomia para criar suas regras de aceitação de alunos estrangeiros e para decidir como atendê-los. “Enquanto algumas buscam o aluno no aeroporto e cedem moradia, outras não oferecem nada”, diz um assessor.
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) tem 114 estudantes brasileiros em universidades de fora e sete estrangeiros no câmpus. Essa desproporção é um retrato nacional, segundo o professor Mário Luiz Neves de Azevedo, pós-doutor em Educação. “Enviamos muito mais alunos do que recebemos, principalmente para Estados Unidos e países da Europa. E recebemos pouco, mais da nossa vizinhança e continente africano”, conta.
Na PUCPR a maioria dos estrangeiros passa um ou dois semestres no Brasil, principalmente nos cursos da Escola de Negócios. No momento há 125 deles em Curitiba. Mesmo sendo alunos com mais de 20 anos, às vezes se faz necessária uma orientação comportamental.
“Culturalmente somos vistos como país liberal. Isso tem lado positivo e negativo. Eles se encantam com nossa alegria de viver, mas acham que tudo é liberado. Aí entra nosso papel de aconselhamento, de mostrar que há regras também dentro da universidade. A maioria deles não está acostumada à lista de chamada e à obrigatoriedade de 75% de presença”, conta Gabriela Boni Finch, que coordena a mobilidade internacional da graduação na PUCPR.
Parcerias entre universidades vão da graduação à pós
Muitas universidades brasileiras firmam convênios diretamente com instituições estrangeiras, facilitando a ida e vinda de estudantes universitários. Para quem quer fazer toda a faculdade no Brasil, é preciso observar que cada instituição tem sua forma de seleção, que pode ser a mesma usada para alunos brasileiros, ou um processo específico para estrangeiros.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (Capes) é uma das principais instituições federais que promovem essa cooperação internacional. Entre as parcerias firmadas entre instituições brasileiras e estrangeiras, a Capes promove acordos universitários bilaterais com programas de fomento a pesquisas conjuntas e também projetos multinacionais, como o Programa de Estudantes-Convênio Pós-Graduação (e PEC-PG) e o Programa Professor Visitante Estrangeiro (PVE). Já o programa de graduação (PEC-G) é uma parceria direta entre o MRE e as universidades.
Fonte: gazeta