Segunda-feira, 14 de julho de 2014
Última Modificação: 05/11/2018 13:45:47
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Com venda aprovada nos EUA, produto deve chegar em 2016 ao Brasil, onde doença atinge 12 milhões
Deixar de lado as molestas agulhas que acompanham os diabéticos por muito tempo pareceu um sonho. Agora, está prestes a se tornar realidade, pelo menos parcialmente. Aprovada recentemente pela Agência de Alimentos dos Estados Unidos (FDA), a insulina inalada aparece como uma nova opção para o controle de açúcar no sangue em pessoas que sofrem do tipo 1 da doença, e como um alento a quem tem real pavor às injeções diárias.
Nos EUA, a venda do medicamento, que ganhou o nome comercial de Afrezza, deve iniciar em 2015. Por aqui, a expectativa é que, a partir de 2016, possa ser encontrada em farmácias e drogarias.
O Afrezza é um pequeno inalador, semelhante a uma bombinha de asma, que contém em seu interior pequenas partículas de insulina. Quando aspiradas pela boca, são absorvidas no pulmão e entram na corrente sanguínea. O medicamente substitui a injeção de insulina de rápida absorção, a maior companheira de quem sofre de diabetes tipo 1 (doença que é desencadeada quando o organismo não produz esse hormônio). O medicamento, tanto injetável quanto inalado, é aplicado várias vezes ao dia, sempre antes das refeições, já que quando a pessoa se alimenta, precisa de grandes quantidades de insulina para retirar o açúcar do sangue e transformá-lo em energia.
Assim como na injeção, a empresa MannKind, responsável pelo novo medicamento, afirma que com a inalação os níveis de insulina são alcançados de 12 a 15 minutos após a administração.
Para o endocrinologista Balduíno Tschiedel, presidente do Departamento de Diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), a aprovação do órgão americano representa um avanço no tratamento da doença. Entretanto, ela não livra totalmente os pacientes das temidas injeções, já que existem dois tipos delas, e o novo medicamento substitui apenas um.
“A insulina inalável substitui apenas a injeção de rápido efeito, que deve ser aplicada sempre antes de cada refeição, em uma média de três a cinco vezes ao dia. A injeção de efeito lento, que é aplicada em torno de duas vezes ao dia, deve continuar sendo aplicada mesmo com a introdução da insulina inalada”, explica.
Fonte: gazeta