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T?cnica traz mais efic?cia em coleta de plaquetas

Segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Última Modificação: 05/11/2018 13:42:32


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Quem doa sangue também pode disponibilizar plaquetas. Procedimento por aférese garante maior volume do material em cada doação

Inspirado pelo pai, que sempre o levava junto quando doava sangue no Rio Grande do Norte, Leandro Cabral Morais, 37 anos, é doador desde os 18. Em Curitiba há oito anos, ele dispõe de seu tempo e de suas plaquetas cerca de 20 vezes ao ano — 24 é o número máximo de doações permitidas a cada ano. “O banco de sangue me liga quando precisa e eu venho”, conta.

Diferente da doação de sangue, mas igualmente importante, a doação de plaquetas por aférese refere-se à retirada do sangue do doador e à imediata separação das plaquetas, que são armazenadas em uma bolsa descartável acoplada ao equipamento de aférese. Os demais componentes sanguíneos são devolvidos ao doador, em um processo que dura em média 90 minutos.

De acordo com o hemoterapeuta Paulo Tadeu Rodrigues de Almeida, coordenador do banco de sangue do Hospital Nossa Senhora das Graças, a grande vantagem da doação de plaquetas por aférese é que a coleta de um único doador é o suficiente para a transfusão em um adulto. Com a doação de sangue convencional, seriam necessários de cinco a dez doadores para obter o mesmo número de plaquetas.

“Pacientes transplantados ou em quimioterapia precisam de transfusão diária de oito a dez unidades de plaquetas. Na doação de sangue convencional, são coletados entre 450 ml e 500 ml de sangue e apenas uma unidade de plaqueta. Na doação por aférese, são coletados cerca de 200 ml, o que resulta entre cinco e dez unidades de plaquetas”, explica.

A demanda por doações de plaquetas é constante e requer um gerenciamento diferente dos hemobancos, pois o concentrado pode ser estocado por, no máximo, cinco dias. Já o sangue pode ser armazenado por até 45 dias. “Nós administramos as doações por meio de agendamento, para evitar o descarte. Atualmente, realizamos cerca de 50 coletas por mês”, diz Almeida.

No Hemocentro de Curi­tiba, da rede Hemepar, são feitas, em média, quatro coletas por dia e há agendamentos até o fim do ano. De acordo com o diretor, o hematologista Paulo Roberto Hatschbach, há uma administração para que nada seja descartado. “Controlamos para que não faltem plaquetas e para que não sobrem. Quando percebemos que uma unidade está próxima de vencer e não será usada, repassamos para outros hospitais, mas é raro acontecer.”

Conscientização

Segundo Hatschbach, doadores de plaquetas por aférese são, geralmente, doadores de sangue fidelizados. “O perfil do doador de plaquetas-aférese é de uma pessoa que já doa sangue periodicamente. Nós realizamos um trabalho de conscientização com esses doadores para que doem plaquetas também. Hoje, temos pessoas que doam de duas a três vezes por mês”, conta.

A selfie da corrente do amor

A demanda por sangue também é constante. Apesar das campanhas de incentivo à doação, os hemobancos administram baixos estoques frequentemente. Consciente da importância da doação, Franciele Salmória (foto) criou uma campanha para estimular a coleta de sangue e plaquetas no Hospital Nossa Senhora das Graças, onde faz tratamento contra a leucemia. A ideia surgiu por acaso. Sem poder ver os amigos que iam ao hospital para doar sangue, devido à baixa imunidade, Franciele decidiu fazer selfies com os doadores da janela do quarto. As fotos passaram a ser compartilhadas nas redes sociais com hashtags como #chamaafran e #correntedoamor e logo viralizaram, tomando forma de campanha, com muitas pessoas indo ao hospital doar sangue e fazer uma foto com a Fran. Em uma semana, o estoque do banco de sangue do hospital aumentou 60%. Em setembro, Franciele fará o transplante de medula e, depois, dará continuidade ao projeto.

Serviço:

Onde doar?

Hemocentro Curitiba: Travessa João Prosdócimo, 145; (41) 3281-4000. Hemocentro Cascavel: Rua Avaetés, 370; (45) 3226-4549 / 3226-0808. Hemocentro Londrina: Rua Claudio Donizeti Cavalliere, 156; (43) 3371-2218. Hemocentro Maringá: Avenida Mandacaru, 1.600; (44) 3011-9400 / 3011-9100. Hospital Nossa Senhora das Graças: Rua Alcides Munhoz, 433 (Curitiba); (41) 3240-6060. Hospital Ernesto Gaertner: Rua Doutor Ovande do Amaral, 201 (Curitiba); (41) 3361-5000. Hospital de Clínicas UFPR: Rua General Carneiro, 181 (Curitiba); (41) 3360-1800.

 

Fonte: gazeta

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