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Modelo de corre??o do Enem avalia habilidade do aluno

Segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Última Modificação: 05/11/2018 13:40:40


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Desde 2009, a quantidade de respostas certas não é único fator determinante na nota final O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ocorre nos dias oito e nove de novembro, e embora a importância do exame seja bem conhecida pelos estudantes, muitos se confundem quanto à forma como a nota é calculada. Quem quer tentar prever o próprio resultado precisa entender a Teoria de Resposta ao Item (TRI). Aplicado pela primeira vez na prova do Enem em 2009, o sistema avalia o candidato não só pela a resposta assinalada em uma pergunta, mas a partir de seu desempenho no restante da prova e das características de cada item. As questões são classificadas em uma escala de dificuldade. A partir de um pré-teste do Enem, respondido previamente por um grupo de voluntários do ensino médio, o sistema avalia as perguntas de acordo com três parâmetros: complexidade, capacidade de discriminação e possibilidade de acerto ao acaso. Depois, as perguntas são selecionadas para o exame oficial de acordo com a classificação que recebem. Assim, a TRI consegue avaliar a possibilidade de respostas aleatórias, os “chutes”, e a coerência das respostas na prova como um todo. “Se o estudante acerta as questões consideradas difíceis, deveria também ter acertado as mais fáceis. Se errou as fáceis e acertou as difíceis, não é uma prova consistente”, explica o diretor pedagógico do Sistema COC de Ensino, Zelci Clasen. Uma das principais vantagens do modelo é possibilitar a elaboração de provas diferentes com o mesmo nível de complexidade. Comparada ao vestibular tradicional, que calcula a pontuação do candidato a partir da quantidade de acertos do candidato, a TRI se diferencia pelo caráter qualitativo. Dessa forma, dois estudantes que acertam o mesmo número de questões não estão necessariamente empatados. Além disso, a nota pode ser usada outras vezes, em processos seletivos diferentes. O sistema pode parecer confuso, mas é confiável. “A teoria matemática que está por trás da TRI é muito consistente, estudada há quase um século e utilizada em outros países”, diz Clausen. No Brasil, a TRI foi aplicada em avaliações educacionais pela primeira vez com o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) em 1995. Redação recebe no mínimo duas avaliações A TRI não é aplicada na redação do Enem. Dois corretores são responsáveis por atribuir uma nota. Neste caso, são avaliadas cinco competências: o domínio da norma padrão da língua escrita; a capacidade de compreender a proposta e utilizar conceitos de várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema, de acordo com a estrutura do texto dissertativo-argumentativo; capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações para defender um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos para construir a argumentação; e elaborar uma proposta de solução para o problema apontado, com respeito aos valores humanos e à diversidade sociocultural. Cada competência recebe uma nota de 0 a 200, totalizando mil pontos. Se houver discrepância igual ou maior a 100 pontos nas notas dos dois corretores, ou a diferença nas notas das competências for maior do que 80, há uma terceira correção. Caso não tenha discrepância entre o terceiro corretor e pelo menos um dos outros corretores, a nota final será a média aritmética entre as duas notas que mais se aproximarem. Se houver discrepância entre a terceira correção e as demais, a redação passa por uma nova banca, com três corretores. O candidato pode receber nota zero na redação se o texto fugir do tema, ou tiver uma estrutura textual diferente do tipo dissertativo-argumentativo; se não houver texto escrito; se o texto tiver até sete linhas, independente do conteúdo; se o texto possuir impropérios, desenhos e demais formas de anulação propositais, se desrespeitar os direitos humanos e se apresentar uma parte desconectada do tema. Como as instituições de ensino superior utilizam o Enem Quem faz o Enem pode ingressar no ensino superior de diversas formas, e participar de programas do governo federal durante a graduação. As instituições podem utilizar a pontuação da prova como mecanismo exclusivo, alternativo ou complementar no processo seletivo. Pode se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) o estudante que participou do Enem e tirou nota acima de zero na redação. São realizadas duas seleções por ano. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) utiliza o Sisu para seleção de estudantes. Na Universidade Federal da Integração Latino Americana (Unila), o processo seletivo para candidatos brasileiros considera exclusivamente as notas do Enem. Neste ano, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), 30% das vagas serão preenchidas pelo Sisu. Saiba mais: http://sisu.mec.gov.br/. Bonificação Na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), a nota do Enem pode ser somada ao resultado das provas objetivas do vestibular, desde que o desempenho do estudante tenha sido de, no mínimo, 40% de acerto nas questões objetivas das provas do Enem. Ciências sem Fronteiras O projeto oferece bolsas de financiamento para intercâmbio de estudantes de instituições de ensino superior, e só pode se inscrever quem fez o Enem. Saiba mais: http://www.cienciasemfronteiras.gov.br . ProUni O Programa Universidade para Todos (ProUni) oferece bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes em instituições privadas de ensino superior. Pode se inscrever quem fez o Enem a partir de 2010, com média nas notas da prova superior a 450 e nota superior a zero na redação. Quem se inscrever no Sisu também pode ser inscrever no ProUni. Porém, se for aprovado nas duas seleções, precisa escolher um dos programas. Saiba mais: http://siteprouni.mec.gov.br/ Vagas remanescentes A instituição de ensino pode selecionar candidatos para preencher vagas remanescentes do vestibular com a nota obtida no Enem. A Universidade do Centro-Oeste (UniCentro) e Universidade Estadual de Londrina (UEL) são alguns exemplos. Na UEL, pode participar da seleção o candidato que tenha pontuação igual ou superior a 400 na média aritmética das 5 notas das provas do Enem, incluindo a redação, sem ter tirado nota zero em nenhuma delas. Fies O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação (MEC) que concede financiamento a estudantes que realizaram o Enem a partir de 2010, matriculados em curso superior presencial não gratuito, com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). http://sisfiesportal.mec.gov.br/ Vaga no exterior Duas universidades portuguesas utilizam o Enem para a seleção de candidatos brasileiros: a Universidade de Coimbra e a Universidade da Beira Interior (UBI), em Covilhã.

Fonte: gazeta

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