endereçoAv. Brasil, 694 - Centro Faxinal - Pr
telefone(43) 3461-8000
Acessibilidade acessibilidade

crise na base

Planalto impede vota??o do veto de Dilma a projeto que cria munic?pios

Quarta-feira, 19 de março de 2014

Última Modificação: 05/11/2018 13:55:07


Ouvir matéria

Sob risco de perder no plenrio, governo orienta aliados mais fiis a esvaziarem a sesso do Congresso que analisaria o assunto. Proposta permite a criao de 269 cidades a um custo de R$ 9 bilhes Por falta de qurum, a sesso do Congresso que votaria 12 vetos da presidente Dilma Rousseff foi derrubada ontem noite. O adiamento foi causado por uma articulao do Planalto, que orientou a base aliada a no comparecer sesso. A principal preocupao da presidente que o Congresso revalide o projeto de lei que cria regras para criar municpios no Brasil. No ano passado, Dilma vetou a proposta integralmente sob a argumentao de que a emancipao de cidades criar gastos aos cofres pblicos de cerca de R$ 9 bilhes (desde a dcada de 90, a criao de municpios est congelada por falta de regulamentao). Diante do cenrio de crise na base aliada, o Planalto quis ganhar tempo e conseguiu. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros senadores da base de Dilma chegaram, inclusive, a estender os debates na Casa para atrasar o incio dos trabalhos do Congresso para que um veto seja votado, preciso de uma sesso conjunta da Cmara e do Senado. Renan, que tambm presidente do Congresso, confirmou a estratgia articulada pelo governo. S o que adia a votao dos vetos a falta de qurum, afirmou. Um ms O Planalto pretende adiar a votao por mais 30 dias. Nesse perodo, o governo vai tentar negociar um novo projeto de lei que substituiria o vetado pela presidente (veja quadro nesta pgina). Mas o governo no ter apenas que debelar a crise da base e convenc-la do novo projeto nesse perodo. Antes da rebelio de aliados, o Planalto j temia ver o veto derrubado. H um ms, na ltima sesso do Congresso, no havia crise. Mas os governistas obstruram a votao por temer uma derrota para Dilma. Isso porque a criao de municpios uma antiga demanda dos parlamentares federais independente da rebelio dos aliados. Lder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) disse que o Planalto vai apresentar uma soluo para o impasse criao dos novos municpios. O que haver o encerramento da sesso para que possamos discutir melhor a nova proposta, afirmou. Estimativa Estima-se que o projeto aprovado pelo Congresso e vetado por Dilma permitiria a criao imediata de 269 municpios hoje, o pas tem 5.565. Em mais da metade das cidades do pas, as receitas prprias no chegam a 10% do oramento. A complementao costuma ser feita por meio de repasses estaduais e federais motivo da preocupao do Planalto em elevar os gastos. Governo fecha acordo e Marco Civil da Internet deve ser votado Agncia Estado O governo isolou ontem a ala rebelde do PMDB das negociaes dos principais pontos do Marco Civil da Internet e conseguiu fechar com outros partidos da base aliada um acordo para que a proposta seja aprovada hoje na Cmara dos Deputados. A votao, porm, depender de uma nova reunio com todos os lderes na manh desta quarta-feira. Isso porque o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que s colocar o projeto em votao se houver consenso. O lder da bancada do seu partido, Eduardo Cunha (RJ), contra os termos do acordo. Tem ao seu lado a oposio. Juntos, prometem obstruir a votao, o que adiaria mais uma vez a votao da proposta. Na reunio com aliados na noite de ontem, o governo concordou em retirar do texto a obrigatoriedade de instalao de data-centers no Brasil. Aceitou tambm a previso de se ouvir a Agncia Nacional de Telecomunicaes (Anatel) e o Comit Gestor da Internet para a elaborao do decreto presidencial que vai regulamentar possveis excees neutralidade da rede princpio que prev que os provedores de internet no possam privilegiar o trfego de dados de grandes usurios diminuindo a velocidade de conexo dos pequenos. Participaram do encontro de ontem representantes de PT, PCdoB, PSD, PR, PTB e Pros. Relator do projeto, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ) afirmou que as mudanas acertadas sero feitas por meio de emendas. Ele afirmou que a posio, acordada com o governo, de realizar a votao hoje. Lder rebelde O lder do PMDB, Eduardo Cunha, que tem comandado a rebelio da base aliada argumenta que a proposta engessa modelos de negcios das empresas de internet e critica a regulamentao da neutralidade por decreto, prevista no projeto. A oposio tambm questiona o decreto. A postura de Cunha levou o governo a cogitar adiar a votao para evitar uma derrota. Haveria riscos de colocar em votao, disse o presidente da Cmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), sobre o Marco Civil. Mas o Planalto decidiu apostar em desidratar o Bloco de insatisfeitos liderado pelo PMDB. Para tanto, cedeu em um ponto que antes era considerado fundamental pela presidente Dilma Rousseff na redao do texto: a exigncia de que as empresas que atuam no universo virtual armazenem os dados em territrio brasileiro, uma resposta espionagem feita pelos Estados Unidos contra Dilma e autoridades do pas. No lugar, ser previsto que todas as empresas que possuem sede no Brasil tero de seguir a legislao brasileira em disputas judiciais, ainda que os dados estejam fisicamente em outro pas, explicou o relator, Alessandro Molon (PT-RJ). O projeto de regulamentao da internet tramita h dois anos, mas Dilma quer aprov-lo at abril, quando o Brasil receber uma conferncia mundial sobre a internet. O tempo curto e as resistncias, grandes. Depois de passar pela Cmara, o texto seguir para o Senado.

Fonte: gazeta

 Veja Também