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Notícia

Governo Municipal de Faxinal


Cerca de 55% das crianças com até seis anos estão abaixo da linha da pobreza, diz estudo


De acordo com pesquisadora, para cada adulto pobre, há duas ou três crianças mais pobres

 

A desigualdade social aumenta a vulnerabilidade de quem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) há 19 anos deve proteger. Cerca de 55% das crianças brasileiras com até seis anos de idade estão abaixo da linha da pobreza. Entre crianças e adolescentes de 7 a 14 anos, o percentual de pobres é de 50% e entre os jovens com idade de 15 a 17 anos, de 40%. Os percentuais de crianças e adolescentes pobres estão acima do que se verifica entre os adultos, 25% desses estão abaixo da linha de pobreza (meio salário mínimo per capita de renda familiar).

— As crianças são mais pobres que os adultos — confirma Enid Rocha, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), especializada na área dos direitos da infância e da adolescência.

Segundo ela, para cada adulto pobre, há duas ou três crianças mais pobres. Ela afirma que o desrespeito aos direitos dos adolescentes aumenta a vulnerabilidade:

— Envolve-se em um delito quem já estava fora de qualquer mecanismo lícito de ascensão social, como a escola e o trabalho legal.

O deputado federal Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE), da Frente Parlamentar da Juventude, considera que "a infância já é por si uma situação de vulnerabilidade. Com a pobreza, a tendência é que essa vulnerabilidade recaia com maior peso".

Para Enide Rocha, as desigualdades regionais agravam a situação dos brasileiros mais jovens. A Região Nordeste tem os piores indicadores de mortalidade infantil — é duas vezes maior do que a taxa na Região Sul, que é de 16,1 óbitos por mil —, analfabetismo, universalização e qualidade do ensino e trabalho infantil, enumera a pesquisadora que está fazendo doutorado sobre a participação da sociedade civil na construção das políticas públicas.

Mário Volpi, coordenador do Programa de Cidadania dos Adolescentes do Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento da Infância (Unicef), também destaca a desigualdade como obstáculo para as políticas e programas criados para a promoção de direitos de crianças e adolescentes. Segundo o oficial do Unicef, o país deve para melhorar o futuro das crianças diminuir as suas desigualdades:

— O Brasil deve enfrentar essas disparidades. São essas desigualdades que fazem que uma criança negra, uma criança favelada, uma criança no semiárido ou uma criança na Amazônia tenha menos oportunidade de realizar os seus direitos.

AGÊNCIA BRASIL


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  • Por: PMFAX

Última modificação em 13/07/2009

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