Notícia
Governo Municipal de Faxinal
Refém do suor
Cirurgia pouco invasiva é o único tratamento definitivo para transpiração excessiva causada pela hiperidroseEm tempos de temperatura elevadíssima, é inevitável o incômodo causado pelo suor. Todos sofrem, mas alguns sofrem mais. Entre os principais prejudicados estão os portadores de hiperidrose, doença que faz o paciente transpirar em excesso, muito além do normal. O volume é tão grande que tomar um banho ou enxugar o rosto não aplacam o desconforto. O constrangimento é inevitável.
– Nas mãos, quando o suor ocorre em excesso, o paciente encontra dificuldades até para segurar uma folha de papel. Sente-se constrangido ao cumprimentar outras pessoas e sequer consegue digitar um texto no computador, por exemplo – afirma a dermatologista Inês Alencar de Castro.
Agora, imagine a dimensão do problema durante o verão. Com o calor, o suor tende a aumentar. Nos casos mais graves, tenta-se fazer a cirurgia para resolver o problema.
O cirurgião torácico Flávio Brito Filho explica que a cirurgia é o único tratamento definitivo disponível. A simpatectomia torácica videotoracoscópica, procedimento pouco invasivo, ajuda a eliminar a hiperidrose das mãos, das axilas, da face e do pescoço.
A redução do suor pode ser feita por instrumentos cirúrgicos, por termoablação (corte do nervo simpático, usando-se uma fonte de calor) ou com um clipe de titânio colocado no nervo. A escolha do tipo de técnica é do cirurgião. Os resultados obtidos são similares, mas a região do nervo a ser tratada é variável e depende da área na qual a hiperidrose se manifesta. A intervenção requer anestesia geral, mas é considerada segura pelos cirurgiões.
Entre os possíveis efeitos colaterais está a hiperidrose compensatória (ou sudorese reflexa), um aumento de suor em outras partes do corpo que antes não apresentavam o problema.
– Ainda que moderada se comparada ao problema relatado antes da cirurgia, a hiperidrose compensatória pode ocorrer em até 55% das pessoas operadas. O problema acomete gravemente cerca de 3% dos operados, e o desconforto pode ressurgir em locais como as costas, o abdômen, as pernas ou as coxas – exemplifica Flávio.
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Última modificação em 18/02/2010
